Nascido em 29 de Abril de 1973 em Fécamp, França. Filho de Raymond e Monique Belle e, sobretudo, criado pelo seu avô materno, Gilbert Kitten. David passava assim a sua infância a crescer com as histórias contadas a respeito do seu pai, Raymond, uma força da natureza.
David Belle tem ainda um irmão, Jean-François Belle, que é o único a manter-se em atividade, no corpo de bombeiros de Paris como Sargento-chefe.
"Penso que desenvolvi o parkour ao extremo para encontrar um ponto comum com o meu pai. Pelo menos, terei-o herdado dele".
O seu avô relatou-lhe acontecimentos como o da bandeira da cúpula de Notre-Damme, quando os bombeiros se encontraram desamparados porque os degraus de acesso ao mastro tinham sido destruídos. Suspenso por um helicóptero, Raymond Belle desceria pela bandeira. Estas histórias viriam a deixar uma marca muito profunda no jovem David.
o surgimento do parkour
Não querendo prosseguir com a carreira militar, David Belle enveredou pela procura de pequenos empregos, como: na área de manutenção, agente de segurança e até, vendedor de móveis. Porém, foi a sua participação em pequenos papéis de representação em filmes Franceses como "Femme Fatale" que o convenceram que a representação seria a sua vida.
Convencido que poderia ser um bom ator e que poderia trazer algo de novo ao mundo do cinema, David Belle, em conjunto com o seu grupo de traceurs inicial, projeta um curta-metragem de nome “Mana o Te Toa” onde integra várias artes como a "haka", uma dança tradicional da Nova Zelândia, acrobacias, coreografias de luta, treino físico e, é claro, parkour.
Este curta foi o suficiente para convencer Brian de Palma do valor do jovem aspirante a ator, o qual o presenteou com alguns dias de filmagens em um de seus filmes.
Aproveitando a nova janela de oportunidade que se apresentava, David decidiu desenvolver a arte que praticava formando a associação “Yamakasi” e atribuindo nomes aos principais movimentos que hoje constituem a base do parkour. Sempre dedicado, procurou dar um nome e rumo à prática que vinha a realizar, já há alguns anos, juntamente com os seus colegas de infância. Entre todos, o consenso foi que chamariam “Parkour” aos percursos que faziam na procura do caminho mais útil entre dois pontos.
David Belle: "O que aconteceria se tivesse de escapar do quinto andar de um prédio?"
O atleta procura um traçado sobre a fachada do edifício que lhe faz face. Ele saltaria sobre a varanda inferior e esperaria aterrisar, cruzando um vazio de vários metros. Um salto final transportá-lo-ia finalmente ao solo. Numerosas marcas, esfoladelas e equimoses, confirmam a intensidade do seu treino.
David Belle: "Não quero ser parado por nenhum obstáculo, qualquer que seja. Qualquer dificuldade na floresta, na cidade ou na vida, devem ser superados".
Baseado no método natural de Georges Hébert, o parkour é destinado a desenvolver as qualidades humanas pela deslocação utilizando o ambiente: correr, saltar, rolar, escalar, pendurar-se, escalar, suspender-se, equilibrar-se. Exceder-se, todo o tempo. Desenvolver a agilidade, o salto, a velocidade, a confiança em si mesmo.
o parkour para o mundo
Foi, sobretudo, graças ao vídeo publicitário da BBC - Hora de ponta (rush hour) - que o parkour foi dado a conhecer ao mundo, mas, o iniciador do parkour já começara a ganhar fama desde 1997, data da participação no espectáculo “Portas Abertas”, na ocasião, ainda com a associação “Yamakasi”, em Zairois e no evento "Deuses do Ginásio", no palácio multi-desportivo de Bercy.
Desde então, David Belle tem participado em eventos promocionais de parkour por todo o mundo. David tem ainda promovido o parkour através de inúmeras publicidades, programas de TV e vídeos na internet.
Mais recentemente e, no intuito de prosseguir a sua carreira de ator, como efetivou o seu percurso na modalidade, David Belle começou a sua formação de ator e participou no filme “B13”, como o ator principal ao lado de Cyril Rafaelli. Este filme, que já tem segunda parte agendada, impulsionou finalmente o parkour ao âmbito mundial.
